segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Projeto Raabe transforma grito de dor em voz da liberdade


Iniciativa tem como objetivo levar fé, esperança e proteção a pernambucanas vítimas da violência doméstica


Colaborou: Pedro Henrique Cunha
redacao@arcauniversal.com


A Igreja Universal em Pernambuco realizou, no último dia 28, um coquetel de lançamento do Projeto Raabe - Rompendo o Silêncio, que tem por objetivo ajudar mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A solenidade, que ocorreu no auditório do hotel Dorisol, na Zona Sul do Recife, contou com a presença do secretário de Defesa Social do Estado, Wilson Damásio, da gestora do Departamento da Mulher, Lenise Valentim, da diretora da Vigilância Sanitária e Saúde do Recife, Adeilza Ferraz, da juíza de Direito Marta Cantalice, do assessor Especial do Governo, Coronel José Lopes e das integrantes do projeto.

Em Pernambuco, o grupo é composto por 18 mulheres, dentre elas profissionais da área de Assistência Social, Direito e Psicologia. O projeto beneficiará as integrantes da igreja e as vítimas de violência, por meio de visitas a comunidades, abrigos, presídio, entre outros locais. "Nossa proposta é visitar a Delegacia da Mulher semanalmente para colher dados, bem como promover palestras de concretização, aconselhando a vítima a buscar ajuda junto às autoridades competentes", afirmou a coordenadora do projeto no Estado, Aurelina Santana.

O nome Raabe faz referência a uma história da Bíblia, que fala de uma prostituta que se sentia completamente perdida e tinha medo do futuro, pois ela sabia que o povo de Israel estava vindo e que o Deus de Israel acompanhava seu povo. Segundo consta, ela tinha consciência também de que a destruição estava chegando para Jericó. Vivia apavorada, não tinha paz. Tinha medo da morte, da destruição, do inferno. Não podia dormir, pois sua consciência a atormentava, mas foi salva, apesar de tudo, porque usou de misericórdia.

Durante o encontro, também houve depoimento de integrantes do projeto, vítimas de violência doméstica. Manoela Chaves, 40 anos, sofreu durante cinco anos. Ela espera que com sua história de vida possa ajudar a mudar a história de outras mulheres que sofrem com a violência dentro de seus lares. "Quando passamos por uma situação como essa, não sabemos o que fazer e a quem procurar e nos sentimos coagidas, com medo, pois somos ameaçadas na maioria das vezes. Por isso, meu maior objetivo é fazer com que essas mulheres se libertem desse medo, dos traumas, das frustrações e saibam que é possível ter uma nova vida", declarou.

O secretário de Defesa Social, Wilson Damásio, parabenizou o grupo pela iniciativa e se prontificou a ser um dos parceiros nesse projeto. "Sabemos que não é uma luta fácil, mas estamos no caminho certo. A mulher deve receber apoio, lutar para vencer essa luta e reconquistar a paz e o amor", disse. Na oportunidade, foram apresentadas aos convidados estatísticas oficiais da violência contra mulher e, principalmente, dos terríveis dados do Estado de Pernambuco, que hoje ocupa o terceiro lugar em homicídios em todo o Brasil.

No que depender do esforço e empenho das integrantes do grupo muitos obstáculos serão vencidos e metas alcançadas. O projeto vai trabalhar para romper esse silêncio que, na verdade, oculta um grito de sofrimento, angústia e dor.

Fonte: arcauniversal

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