Em janeiro, o Projeto Raabe realizou nas cidades portuguesas de Lisboa e Porto o “2º Chá”, evento em que as convidadas participaram de palestras voltadas ao combate à violência contra a mulher.
No Porto, a advogada Fátima Lopes orientou sobre a parte jurídica nos casos de violência doméstica e explicou os procedimentos necessários por parte das mulheres que desejam ter assegurados seus direitos no que diz respeito ao que sofreram. Em Lisboa, a psicóloga Lídia falou do resgate e da defesa do valor da mulher.
Tal valor, segundo Lídia e Fátima passaram às presentes, não é perdido pelo fato de uma mulher ter sofrido humilhações e injúrias. Foi usada a metáfora de uma cédula de dinheiro que, mesmo mal conservada e até pisada, não deixa de ter o valor expresso em seu papel, simbologia fácil de ser compreendida.
As palestrantes deixaram claro: a primeira pessoa a dar valor à mulher é ela mesma. E, se ela nota esse valor, vai investir em si. “Como posso investir em mim mesma?”, foi a pergunta feita por várias. Em um debate bem conduzido, elas mesmas chegaram a algumas conclusões que podem parecer banais, mas têm forte significado: quando vão ao cabeleireiro, exercitam o seu corpo, tratam da sua beleza. Enfim: quando se amam.
Desse cuidado exterior e aparentemente sem importância para os mais desavisados, abre-se o caminho para um bem mais importante: o interno. As voluntárias do Raabe puderam, finalmente, falar sobre mágoa, sentimento que muitas das mulheres vítimas de abusos carregam. Um peso que deve ser descartado para que se siga em frente frutiferamente. Tal mágoa é uma verdadeira prisão, e a vida de verdade só acontece após a mulher se ver livre dela.
“A mágoa é como um copo de veneno que a pessoa toma querendo que a outra morra. Porém, isso nunca vai acontecer. É prejudicado aquele que tem esse sentimento”,explicou uma das colaboradoras do grupo.
Em uma forte oração, as presentes entenderam que deviam determinar o descarte da mágoa, inclusive pedindo para que Deus olhasse por seus causadores. Esse ato de coragem foi seguido de um alívio que muitas na plateia desejavam, mas nunca souberam antes como consegui-lo.
As mulheres que tomaram a decisão foram abraçadas por voluntárias do Raabe, representando o abraço de Deus, em como Ele as aceitava.
No Porto, as participantes escreveram secretamente algo que gostariam de ver realizado. Os papéis foram guardados numa caixa. As voluntárias do projeto se reunirão em oração para que o Senhor olhe pelos desejos escritos e os realize, conforme Sua vontade.
Muitas das mulheres presentes no “2º Chá” do Projeto Raabe viram na reunião um ponto a partir do qualsuas vidas começarão de verdade, com entrega a Deus, confiança e felicidade.
Em 17 de fevereiro, mais um chá será realizado nas mesmas duas cidades de Portugal, nos seguintes endereços:
Lisboa: Alameda D. Afonso Henriques, 35.
Porto: Rua Egas Moniz, 485.
Porto: Rua Egas Moniz, 485.
fonte: arcauniversal
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