terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Mulheres Em Ação promovem evento de prevenção ao câncer na África do Sul


O grupo encoraja pessoas apresentando fatos verdadeiros e revelando mitos sobre a doença



Mulheres em Ação (Women in Action – WiA), um grupo formado por esposas de pastores da igreja Universal do Reino de Deus, proporcionaram um dia de muita alegria para toda a família com uma exposição realizada  no Dia Mundial Contra o Câncer. O evento foi realizado no dia 4 de Fevereiro de 2013 no cenáculo do Espírito Santo na África do Sul, Soweto.

Este evento, que teve a presença de médicos profissionais, oradores e centenas de membros da comunidade, foi um dos 415 eventos globais registrados no site da União Internacional de Controle do Câncer (UICC). Este é o terceiro ano que o grupo WiA, que é membro da UICC, organizou uma campanha de conscientização pela saúde no Dia Mundial Contra o Câncer, como parte de sua campanha com trajetória para capacitar as comunidades por meio da educação e do conhecimento.

Anualmente, no dia 4 de Fevereiro, organizações de todo o mundo se unem para lutar contra a epidemia do câncer, conscientizando a população sobre a doença. O objetivo deste dia é salvar milhões de pessoas prevenindo-as contra o câncer, educando as comunidades e encorajando as pessoas a terem responsabilidades sobre a sua saúde.

As Mulheres em Ação apoiaram o tema de 2013, “Câncer – você sabia?”, com fatos reais ,esclarecendo mitos e equívocos sobre esta doença. Os mitos mais comuns incluem a crença de que o câncer é restrito apenas a determinadas comunidades, idade ou sexo, e que um diagnóstico de câncer é uma sentença de morte.

Tivemos a visita internacional da hematologista Dr. Albertina Vieira, que disponibilizou-se para discutir com a população presente no evento, as preocupações e sintomas da doença. Ela afirmou que o câncer pode afetar qualquer pessoa e que, apesar do diagnóstico ser sempre difícil de ser aceito, se a doença for detectada logo no início e se houver um tratamento médico adequado, os pacientes podem ser tratados com eficácia. O tratamento continua a avançar significativamente, reduzindo os efeitos colaterais e aumentando a incidência de um resultado positivo.

Os oradores que foram convidados, muitos dos quais são sobreviventes do câncer, repetiram a frase de que “conhecimento é poder” e enfatizaram que o câncer não tem discriminação, não respeita ninguém e se tornou uma epidemia mundial.  Raynolda Makhutle, uma sobrevivente que teve vários tipos de câncer, educadora e conselheira da clínica da mama no hospital Chris Hani Baragwanath, afirmou que “há vida apos o câncer”. Diagnosticada com a doença há 16 anos, ela passou por cirurgia e tratamento e superou os desafios, incluindo a reação de seu marido à sua doença que fez com que ele a abandonasse. Infelizmente, esta situação é comum entre entes queridos que não entendem a doença e acham que o câncer é contagioso e que podem contrair a doença através do seu companheiro (a). Temos também aqueles que acreditam que após a cirurgia serão "menos homem ou mulher". Um fórum com uma comunicação honesta e um grupo de apoio com debate, pode ajudar a prevenir esta situação e incentivar as famílias a se aproximarem mais ao invés de se separarem através do medo ou ausência de conhecimento.  

O WiA possui um grupo de apoio em Johanesburgo e Soweto, chamado “It’s all about you” (o assunto é você) e tem por objetivo ajudar e atender as necessidades de pacientes com câncer e seus familiares.

Raynolda Makhutle (foto) enfatizou a importância de conhecer o histórico familiar sobre o câncer. Somente depois de ser diagnosticada com câncer, ela teve conhecimento que havia um histórico de câncer na sua família que esteve guardado em segredo durante anos. Embora possa haver uma predisposição hereditária para alguns tipos de câncer, a doença não pode ser adquirida pelo contato com outra pessoa.

Sobrevivente de câncer de mama, Theresa Ackerman (foto abaixo) do grupo “Let’s Talk About Câncer” (vamos falar sobre o câncer), falou da importância do autoexame que deve ser efetuado regularmente para verificar se há nódulos na mama ou outras partes do corpo. Ela encorajou a todos a terem mais conhecimento sobre seu corpo e procurar ajuda médica se os sintomas persistirem. Ela ressaltou a importância de irmos ao médico regularmente e fazermos exames tais como papanicolau, mamografias e exames de câncer de próstata para garantir que o câncer será detectado logo no início.

Busi Ramaru que é enfermeira, agente de educação  e coordenadora do “CHOC”, Fundação do Câncer Infantil da África do Sul, descreveu os sintomas do câncer em crianças e ressaltou a importância de procurar assistência médica caso a criança tenha fortes dores de cabeça, apresente perda de peso, se queixe de dores nos ossos, articulações ou dores nas costas. Ela convocou todos os pais e líderes comunitários para compartilharem as informações que aprenderam com suas famílias e vizinhos para ajudar a criar uma conscientização do câncer em crianças.

Rebecca Musi da Fundação “Breast Health” (Saúde da Mama) destacou que a estatística é de que o câncer mata mais pessoas do que a ainds, tuberculose e malária juntas. "O câncer não é o inimigo, mas a falta de conhecimento sim", disse Rebecca. Ela alertou as pessoas presentes sobre o câncer de pele e defendeu o uso de filtros solares, aconselhando as pessoas a limitarem sua exposição ao sol, evitando os raios solares no período entre as 10hs da manhã e 15hs da tarde.

Folhetos informativos foram distribuídos e a população foi encorajada a compartilhar o que aprenderam, para ajudar a capacitar outras pessoas a assumir a responsabilidade por suas vidas e sua saúde. Estas informações podem até mesmo salvar um ente querido, um vizinho e também educar a comunidade com o conhecimento necessário, de modo que quando as adversidades surgirem, eles terão fatos concretos, saberão onde buscar ajuda e serão confortados por saberem que não estão sozinhos.

Márcia Pires, fundadora do WIA,  ressaltou a mensagem do dia incentivando as pessoas a não serem indiferentes com respeito à saúde e também com aqueles que estão sofrendo algum tipo de dificuldade; ela pediu para que todos sejam mãe, filha, irmã ou amiga (o) para alguém que necessite de ajuda.

Mulheres qualificadas que foram treinadas pela a Associação do Câncer da África do Sul (Cansa) e pelo “Let’s Talk About Câncer”, fazem um trabalho voluntário visitando semanalmente as enfermarias de Oncologia, oferecendo conforto, assistência e aconselhamento a pacientes e familiares durante todo o período de tratamento.

No dia Mundial do Câncer, mais de 22 Mulheres em Ação participaram de um treinamento e em breve estarão qualificadas a oferecerem apoio aos pacientes e suas famílias.

fonte: arcauniversal

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