sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Das ruas para o mundo


Escritor americano faz muito sucesso na África. Ex-viciado e traficante de drogas atrai milhares de jovens em palestras sobre a sua vida


Neia Meneses - Folha Universal
redacao@arcauniversal.com


A agenda dele é cheia. A equipe da Folha Universal esperou quase um mês para conseguir finalmente a entrevista com Damien Jackson, autor do Livro “Eu Deveria Estar Morto” (Unipro Editora), que vem fazendo sucesso entre jovens, pais e mídia. A obra traz o relato verdadeiro de um jovem que conheceu o submundo das drogas e conseguiu ficar livre desta mazela que alcança, destrói e mata adolescentes em todo o mundo.

O livro que foi lançado durante a 22ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, foi editado nos idiomas inglês e português. Sucesso no Brasil, nos Estados Unidos, em Portugal, na Jamaica, na Irlanda, em Londres, na Holanda e na França, Damien percorreu diversos países no continente africano dando o seu depoimento. No total, mais de 35 mil jovens participaram das palestras e conheceram o livro que caiu no gosto do público jovem.

Devido ao sucesso do tema abordado, Damien está sendo solicitado no exterior para fazer palestras em escolas e participar de programas de TV. Recentemente, cumprindo a agenda de divulgação do livro na Namíbia, ele foi convidado pelo canal NBC, o mais famoso do país, para participar de uma entrevista no programa “Good Morning Namíbia” (“Bom dia Namíbia”, tradução livre).

“Eles se interessaram por minha história. No programa falei sobre o livro, sobre os eventos, como foi o meu envolvimento com as drogas e como fiquei livre delas”, relata Damien.


Ex-usuária e traficante comparece a evento
A Namíbia, primeiro país do continente africano a ser visitado, contou com a participação de mais de 3 mil jovens. “Lembro que havia uma senhora que usava e vendia drogas. Ela foi presa e havia acabado de sair da cadeia quando foi convidada. Ela gostou tanto do evento que voltou no dia seguinte e trouxe a família para participar e adquirir o livro”, conta Elise Jackson, esposa do escritor.


Na infância, riqueza e abandono

A história de Damien impacta pela forma como ele ingressou nas drogas. Filho de família rica, ele conta que até os 7 anos morava em uma casa com seis quartos, localizada em um bairro nobre. “Havia vários carros na garagem, empregadas, governanta. Minha mãe fazia parte da poderosa máfia italiana e coordenava a venda de drogas em diversos pontos de Atlanta, mas perdeu tudo e ficamos na miséria”, recorda.

Damien revela ainda que tragou o primeiro cigarro de maconha aos 8 anos. “Minha mãe bebia, meu pai usava drogas. Após um período, minha mãe arranjou outro companheiro, que não me aceitava. Fui morar nas ruas, me aprofundei nos vícios da maconha, do crack, do ecstasy e de analgésicos e ingressei no mundo do crime”, revela.

Reconhecimento de autoridades 


“Em Botswana, não havia mais espaço para caminhar de tão lotada que estava o evento. Os jovens estavam dispostos a escutar a minha história e descobrir o caminho que eu encontrei para mudar”, lembra o autor, que além desta palestra visitou ainda duas escolas locais para falar do perigo das drogas e de onde encontrar ajuda.

“No total falamos com quase 7 mil jovens. Os diretores das escolas gostaram tanto da nossa iniciativa que nos escreveram posteriormente agradecendo a visita”, diz Elise. 

“A mensagem de Damien aos estudantes foi motivadora e um grande número das pessoas que estavam presentes quer ler o seu livro”, escreveu M. S. Mhlabano, conselheiro da Mogoditshane Senior Secondary School. 

Para K. Tshebo, diretor da Gaborone Senior Secondary School, a palestra foi de encontro à necessidade dos alunos, já que muitos deles têm se envolvido em rebeliões escolares devido ao crime e uso de drogas. “As contribuições externas como a palestra dada pelo Damien servem para alertar os jovens sobre os perigos das drogas, além de motivá-los a querer uma juventude diferente”, afirmou.

Recepção calorosa 

Em Moçambique, a recepção do grupo de jovens da Igreja Universal no aeroporto chamou a atenção. “Havia dezenas de pessoas cantando e dançando com roupas tradicionais no aeroporto. Todos que passavam olhavam sem entender o que estava acontecendo”, afirma Elise.

A história impressionante de Damien levou mais de 7 mil
ao evento.

História real e impactante

Ao percorrer as cidades de Durban, Cape Town, Pretoria e Johannesburg, na África do Sul, Damien pôde conhecer de perto a história de jovens africanos que tiveram a juventude interrompida pelas drogas. Ao todo, 20 mil pessoas assistiram à palestra, onde, além de dar o seu depoimento, ele ainda autografou exemplares do livro: “Meu passado é triste, real. Eu não me conformava em ter me transformado numa pessoa fria e cruel. Fui preso várias vezes e odiava a minha vida. Quando entrei pela primeira vez na Igreja Universal de Atlanta encontrei o que realmente procurava. Hoje procuro dar meu depoimento para que outros jovens saibam que há uma saída, há uma solução”, conclui. 

Para adquirir o livro “Eu deveria estar morto” acesse: www.arcacenter.com.br ou ligue para (21) 2461-0060.

fonte: arcauniversal

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