sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sorriso sempre presente

Coordenadora do TF Teen de Bonsucesso é exemplo de perseverança e obreira de destaque


Da Redação / Fotos: Cedidas
redacao@arcauniversal.com

Vânia Martins está sempre sorrindo.

Aos 33 anos, é obreira da IURD de Bonsucesso, no Rio de Janeiro.

Ela já foi voluntária na EBI da igreja.

Hoje, coordena o TF Teen no mesmo templo, e isso já faz 1 ano. Na verdade, não havia TF Teen ainda em sua igreja, e ela foi convidada a implantá-lo, por seu ótimo desempenho na EBI. O jeito simpaticíssimo de falar ajudou muito na interação com as crianças e os adolescentes.

Estudou. É assistente social de formação.

É bancária. Gosta do que faz.

Quando estudava, teve que estagiar em um hospital. No lugar, trabalhava um rapaz que notou seu sorriso sempre presente. O colega virou marido. E isso já faz 10 anos.

O colega que virou marido também se converteu a Jesus na IURD. A esposa o convidou para ir aos cultos. Ele gostou. E ficou.

Feliz com o que é, feliz com o que faz, ela agradece a Deus todos os dias pela vida que tem.
Ah, Vânia Martins é cadeirante.

Primeiros passos


Quando bebê, ao ensaiar os primeiros passos, a família de Vânia notou certa dificuldade. Levou-a ao médico.

O diagnóstico não foi nada animador. O médico disse que a pequena tinha uma séria doença degenerativa chamada distrofia muscular. Ela consiste, na verdade, em uma série de doenças que matam a membrana que envolve os músculos, fazendo com que eles morram aos poucos. Os órgãos de Vânia estariam comprometidos.

O médico avisou à família de Vânia que ela não teria muito tempo de vida.

Muita fé, muito esforço e muita vontade de viver da pequena mostraram que, felizmente, o diagnóstico não estava correto quanto àquela informação final. Sob tratamento e muita determinação, Vânia cresceu. E cresceu física, moral e espiritualmente.

“Hoje, nem mesmo os remédios eu preciso tomar mais. A doença não mais existe, estou muito bem, mas as sequelas me deixaram na cadeira de rodas.”

Vânia Martins é cadeirante, porém, é só o seu corpo que precisa de ajuda para ir para  frente.

Vida com Deus


– Você tem filhos, Vânia?

– Ih! Na fé, tenho um montão!

Como coordenadora do TF Teen, a moça está sempre cercada de adolescentes.

Sempre cercada por muito carinho. E o carinho que ela dá não precisa de cadeira de rodas para chegar aos jovens e colegas. Não se detêm diante de degraus. Não para diante de meio-fio. Tem trânsito livre, na ida e na volta.

No mundo lá fora, a moça se viu diante de muitas limitações. Não que elas a tenham impedido de seguir sempre em frente, e sempre sorrindo. Mas um dia, na IURD, encontrou seu espaço.

Sempre foi tratada com respeito, vista como  igual. Hoje se considera – e é – uma pessoa muito bem resolvida. Como profissional, como esposa, como pessoa. E como serva de Deus.

A confirmação não vem só de sua determinação:

– Vânia, quando eu for adulto(a), quero ser como você.

Essa frase não é rara, dita pelos adolescentes do TF Teen e pelas crianças que ela orientava na EBI.

Ponto de vista


“Dificuldades existem, claro. Para quem é cadeirante e para quem anda. Tudo depende da forma como você vê. Muitas vezes, nós mesmos colocamos os obstáculos à nossa frente”, diz Vânia.

Ela não os ignora. Não faz de conta que não existem. Ela os enfrenta.

E os vence.

Uma vez, faltou energia durante uma aula da EBI. Vânia acendeu as luzes da cadeira de rodas, acionada por baterias elétricas.

– Olha! A “tia” tem luz!

Uma criança disse isso. Coração puro vê a vida de outra forma. Percebe o lado positivo das coisas sem nem mesmo saber ainda o que significa lado positivo.

 – "Tia", a senhora não anda! Eu nem tinha percebido isso...

Foi outra criança que falou. E isso 2 meses após as aulas terem começado.

A mensagem de Vânia é tão eficaz, tão facilmente acessível, que ela se torna aquela definição corrente de servo de Deus: ela, em si, não brilha, mas o Senhor Jesus é quem brilha por meio dela.

Exemplo

Dos adolescentes:

– Vânia, tudo que você quer, você consegue.

É verdade. Mas a moça espera conseguir mais.

O repórter pergunta:

– Há alguma dificuldade? Há algo que você precise para facilitar seu trabalho?

Para quem pensava que a resposta seria a respeito de mais rampas e elevadores:

– Olha, seria muito bom se tivéssemos uma orientação, uma preparação para saber como lidar com crianças e adolescentes especiais que possam chegar até nós. Fazemos com boa vontade, mas essa informação seria muito bem-vinda. Assim, eles não se sentiriam excluídos.

Retorno


Criança tem muita facilidade em absorver as coisas de Deus. Com simplicidade, isso é passado a elas. Com simplicidade, é recebido.

– Fazemos tudo isso como voluntários. Há retorno? Olha, nós damos amor. 

E todo esse amor volta em dobro, o triplo.

Em momento algum, Vânia apoia suas palavras no fato de ser cadeirante. O foco é sempre no que ela faz e no que ainda quer fazer. Sempre conseguiu, e vem muito mais por aí. Mantém os olhos no objetivo.

Apoia seu corpo no equipamento que a permite se locomover. É grata pela condição de tê-lo. Mas não depende dele para sustentar sua fé, sua determinação e seu jeito de viver.

– Eu não sou uma mulher triste. Sou uma pessoa muito feliz.

Vânia Martins está sempre sorrindo.

E tem motivos de sobra para isso.

Fonte: arcauniversal

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