sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Prisão física, liberdade espiritual

Voluntários da IURD empreendem um firme trabalho de evangelização e levam o amor de Deus a detentos de unidades prisionais de todo o Brasil


Da Redação / Imagens: IURD no Presídio, Godllywood Paraná
redacao@arcauniversal.com

O grupo de evangelização “IURD no Presídio Brasil”, leva ensinamentos e orientação espiritual aos encarcerados nas unidades prisionais de todo o País, proporcionando esperança de transformação, de uma nova vida. Mas não é só esse grupo que pensa naqueles que perderam o direito à liberdade por terem cometido crimes, mas também são filhos do mesmo Deus e têm direito ao seu carinho, sua misericórdia. Outros voluntários e voluntárias da Igreja Universal também dedicam parte de seu tempo a dar atenção àqueles irmãos e irmãs.

Um desses times é o Godllywood, formado por mulheres dos grupos "A Mulher V""Pré-Sisterhood" e "Sisterhood", que arregaçaram as mangas para fazer algo pelas mulheres com restrição de liberdade em uma penitenciária de segurança máxima em Curitiba, capital do Paraná.

Em um depoimento feito ao blog de Cristiane Cardoso, a voluntária Rosemeire Silva, do Godllywood Paraná, relatou uma realidade que passa despercebida pela maioria da população. Por um momento, deixaram suas próprias vidas de lado, chegando às raias do constrangimento, mas deixando-o de lado em prol de quem precisa da Palavra de Deus e deve ser alcançado. Trabalharam em conjunto com o grupo Débora Paraná.

Vejamos alguns trechos:

Intimidação X determinação

“Um lugar escuro, com cheiro muito forte, muitos insetos e ratos. Fomos recepcionadas de forma agressiva pelas autoridades que tentaram nos impedir de entrar e nos intimidar com brutalidade. Passamos por revista íntima. Talvez, para muitas mulheres, seja constrangedor, mas não nos importamos, nos expomos por um único objetivo.

Entramos no Presídio Feminino de Segurança Máxima, ali as encontramos (as detentas) destruídas pelos vícios, pela marginalidade, pelo abandono e pela solidão. Mulheres que mataram por dinheiro, se venderam por drogas e muita ganância. Mulheres que não têm esperança. Se saírem dali, morrem nas mãos daqueles aos quais elas devem.

Ao entrarmos naquele ambiente sórdido, sujo, com um cheiro insuportável de esgoto, vendo-as receber comida estragada, o que tínhamos em nosso coração era uma alegria enorme por poder apresentar-lhes o Senhor Jesus. Aquelas mulheres estavam sedentas. Pediam oração, choravam, gritavam por socorro. Uma experiência que vamos guardar por toda nossa vida.”

Ex-fiéis que esfriaram na fé

“Lá, encontramos uma ex-obreira, hoje viciada em drogas, presa por sequestro relâmpago, roubo a caixa eletrônico e tráfico. No corpo carregava a marca de nove tiros. Quase morreu. Relatou-nos que saiu da igreja porque esfriou na fé. Começou a namorar um rapaz que a levou para mundo do tráfico. Em outra cela, encontramos seis mulheres que também já tinham sido membros da igreja, inclusive uma mãe e  duas filhas. São muitas histórias. Mulheres que perderam filhos que foram para adoção, aquelas que a família não quer mais ver, aquelas que pensavam em se matar, outras que brigavam entre si. O ódio, a raiva, a mágoa, o medo, a angústia e a culpa eram os sentimentos que imperavam naquele lugar.”

Quase esquecidas

A rejeição, discriminação e o abandono são muito grandes, poucas pessoas se dispõem a visitá-las. Abraçamos esta  causa e todas as manhãs de terça-feira levamos a salvação para aquelas que estão com a liberdade cassada.”

Livres em espírito

“Elas tentaram com a força do braço, tiveram seus sonhos frustrados, foram vencidas por sentimentos, mas se houver uma entrega total e completa tudo se fará novo em suas vidas, pois o maior milagre é o do novo nascimento. Que não busquem a Deus somente pela liberdade física, pois cometeram delitos e pagarão por eles, mas busquem, sim, pela libertação da alma, pois ali mesmo elas podem ter uma vida nova e voltar a projetar seu futuro.”

Testemunhos, alegria e a certeza da salvação

“Hoje, após alguns meses de trabalho, já temos testemunhos. Quando chegamos lá, vemos a alegria no semblante de algumas ao nos encontrar. Outras já saíram dali, foram absolvidas e não devem mais nada à justiça. Há aquelas que ainda esperam sentença, mas estão confiantes na fé.  A cada semana que chegamos nesse local, uma luta nova começa, pois quando saem dez presas entram vinte no lugar. E o nosso trabalho recomeça como no primeiro dia. Mas vamos firmes nessa fé e temos a certeza da salvação dessas almas.”

Não é o fim

Conforme Rosemeire disse em entrevista ao Arca Universal, após 6 meses do início, os trabalhos estão bem longe do fim. Novas detentas chegam, e a todo momento parece que tudo tem que recomeçar do zero. Ainda assim, as voluntárias do Godllywood não saem de perto das presas que estão necessitadas de atenção. Recentemente, a voluntária diz que chegaram mais 40 detentas “agitadas, desesperadas, com muita confusão entre elas”.

Foram doadas 400 Bíblias com capa mole (foto abaixo) – a penitenciária, como é de praxe em unidades prisionais, não permite livros com capa dura, por medida de segurança.

Segundo Rosemeire, carinhosamente chamada de Rose pelas colegas, algumas pessoas em liberdade condicional já estão firmes na igreja, frequentando assiduamente correntes e tentando uma vida nova.

Em todas as visitas, é feito um culto em que é dada uma palavra, são feitas orações de libertação e para quem quer se entregar para o Senhor Jesus, buscar o Espírito Santo. A mensagem da última visita foi dada com base em João 3.16

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Rose dá uma dica de ouro para as que cumprem pena, válida para qualquer pessoa que queira a real liberdade: “Basta a pessoa se esvaziar de si mesma, deixar para trás todos o mal realizado e buscar o perdão de Deus. Se ela se arrepender de fato, do seu interior fluirão rios de águas vivas”.

A voluntária do Godllywood ainda finaliza ressaltando que, apesar da prisão física, o mais importante é estar livre espiritualmente: “Ela pode ser condenada pela família, pela sociedade, pelas autoridades mas Deus a aceita. Sem Deus ela perece, mas com Deus terá a Vida Eterna.”

Fonte: arcauniversal

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