domingo, 5 de agosto de 2012

Força Jovem RN participa de treinamento de primeiros socorros

Os jovens da Uniforça de todo o estado receberam treino do Corpo de Bombeiros Militar



No Brasil, todos os anos, 250 mil pessoas são vítimas de arritmia cardíaca e doença cardiovascular, principais causas de morte apontadas em vários países em desenvolvimento. De acordo com o Ministério da Saúde, este número se deve à prevalência de fatores de risco como hipertensão, fumo, colesterol elevado, diabetes e obesidade.

Para o cardiologista Guilherme Fenelon, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), quanto mais rápido o atendimento, maior a chance de sobrevivência. Pois, a cada minuto perdido, a chance de sobreviver diminui de 7% a 10%. “É preciso treinar a população para reconhecer uma parada cardíaca e prestar o atendimento inicial: massagem cardíaca, respiração boca a boca e até o uso correto do desfibrilador”, explica.

Considerando a importância destes dados que o Força Jovem do Rio Grande do Norte, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do estado, promoveu no mês de julho, um treinamento de primeiros socorros com o grupo UNIFORÇA de todo o estado.

O treinamento foi realizado pelo tenente Pedro Henrique, e pelo subtenente Marx Lima, que abordaram temas como ataque epilético, choques elétricos e acidentes de trânsito, além de falar sobre o ABCDE do Trauma (Vias aéreas, Respiração, Circulação, Disfunção neurológica, Exposição), e sobre técnicas de reanimação cardiopulmonar (RCP). “É importante lembrar que a vida do socorrista deve ser preservada, em hipótese alguma coloque a sua vida em risco”, alerta o subtenente Lima. 

Por isso, fique sempre atento e tenha em mãos os números da Polícia, Emergência Médica (SAMU), bombeiros, Polícia de Trânsito e Polícia Rodoviária Federal do seu estado.

Salvo pela destreza

O médico reumatologista Claudinei José Martins, de 60 anos, afirma que só está vivo hoje graças à academia em que se exercitava estar equipada com o desfibrilador e manter pessoas aptas para usá-lo. Ele conta que no mês de fevereiro de 2010 estava terminando de fazer o alongamento para encerrar os exercícios quando teve uma parada cardíaca, provocada por um infarto agudo do miocárdio. Dentro do local, havia dois alunos médicos que, imediatamente, começaram o procedimento de reanimação com o uso do desfibrilador. “Dois colegas estavam lá para me socorrer, mas mesmo que eles não estivessem, havia funcionários treinados para esse tipo de emergência”, diz.

Logo após ter sido reanimado, a unidade móvel de resgate chegou para levá-lo ao hospital. Ele passou o dia todo desacordado, mas quando voltou a si não havia ficado com nenhuma sequela. “Graças ao atendimento que recebi na academia, estou aqui hoje conversando com você, pois o médico me disse que se tivesse esperado o resgate chegar, talvez não tivesse sobrevivido”, lembra.

Após o incidente, Martins recebeu três pontes de safena e em pouco tempo recuperou a rotina de trabalho e exercícios na academia, mas atribui a segunda chance que teve de vida a um milagre divino, pois se tivesse tido o infarto em outro lugar, desprovido do equipamento, talvez não tivesse a chance de sobrevivência. “Eu gostaria que mais locais reconhecessem a importância desse primeiro atendimento e se equipassem adequadamente para salvar outras vidas, assim como a minha foi salva”, finaliza o sobrevivente. 

Fonte: arcauniversal

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