segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fragância de Liberdade

Mais de 10 mil pessoas participaram da campanha realizada pelo grupo "Womens in Action", em Soweto

Com informações de Nomsa Masengemu- IURD África do Sul / Tradução: Cinthia Meibach
redacao@arcauniversal.com


O grupo “Womens in Action” (WIA- Mulheres em ação) da África do Sul acredita que conhecimento é poder e, por esse motivo, as integrantes decidiram organizar na data que se comemora o Dia Nacional da Mulher no país, 9 de agosto, um evento com o objetivo de educar a comunidade a respeito do tráfico humano, no Cenáculo do Espírito Santo de Soweto. 

Entre os palestrantes convidados estava Khanyi Motsa (foto abaixo), fundadora da Casa “Berea Hillbrow of Hope”, uma organização que fornece abrigo para as crianças que foram exploradas sexualmente e vítimas de tráfico humano.  Ela fundou o lar, há 10 anos, e desde então tem oferecido apoio a mais de 8 mil crianças de rua, em uma área crítica da África do Sul, que é muitas muitas vezes ignorada, só encontrando interesse dos cafetões que lucram com a  prostituição infantil.

"Na África do Sul as crianças se tornam órfãos após a perda de seus pais para a Aids. Quando ninguém cuida delas, elas podem se tornar vítimas de tráfico humano. Somos chamados ao serviço, porque há algo que podemos fazer para os órfãos antes de serem traficados e explorados, "disse Khanyi.

Outra oradora convidada, Boogie Dhlamini, responsável pela organização “Contra o Abuso Infantil”, em Orange Farm, região metropolitana de Joanesburgo, concordou que o tráfico de pessoas é um problema internacional. Ela explicou que o tráfico humano aconteceu em três fases diferentes: recrutamento, transporte e exploração.

Ela também disse que muitos casos permanecem desconhecidos porque são controlados pelo crime organizado, que conta com o apoio de vizinhos, enfermeiros, médicos e funcionários do governo. 

A esposa do bispo Marcelo Pires (foto principal acima), que é o responsável pelo trabalho evangelístico da Igreja Universal do Reino de Deus na África do Sul, Márcia Pires, também fundadora do WIA,  disse na ocasião que quando ouviu falar pela 1º vez sobre o tráfico de seres humanos,  pensou que não era relevante para a região, mas diante de uma pesquisa profunda, percebeu como o ato estava avançado. “Estamos certos de que seremos capazes de educar as pessoas com os trabalhos do grupo, mas nós alertamos todos os jovens que recebem propostas para serem modelos ou jogadores de futebol a não caírem em propostas falsas. Também queremos conscientizar os pais que nem todas as promessas oferecendo uma vida melhor e as oportunidades de estudo para seus filhos são verdadeiras. Se todos entenderem isso, será possível salvar muitas vidas das mãos dos traficantes”, discursou.

Uma das participantes do evento, que se identificou apenas como Zanele (foto ao lado), disse ter gostado muito das informações recebidas e que, a partir de agora, ficará mais atenta com as propostas oferecidas aos filhos. “O evento foi uma bênção. Tenho aprendido muito sobre participar mais da vida dos meus filhos. Muitas vezes ficamos animados em saber que eles recebem propostas de trabalho no exterior porque pensamos que eles estão indo para trabalhar e trazer dinheiro para casa. Mas, agora, aprendi como ajudar de verdade a minha família”, relatou.

Já a sul africana, Nobuhle, diz ter aprendido muito sobre o assunto e que com as informações recebidas, pretende prestar mais atenção no que acontece ao redor. “Às vezes, vemos as coisas acontecendo bem perto, mas não nos damos conta de que nossos filhos estão vulneráveis ​​ao aliciamento de traficantes.  Hoje, eu aprendi que há algo que eu possa fazer para ajudar a minha comunidade e que esse tipo de situação não é normal.”

Antes de realizar uma oração especial por todos os presentes, Márcia Pires fez questão de citar um versículo bíblico para incentivar os participantes a se engajarem nesta causa nobre. “Vamos usar a liberdade que desfrutamos para trazer a liberdade a outros que estão cativos nesta injustiça social. Vamos usar o mesmo espírito que levou 20 mil mulheres, 55 anos atrás, para pavimentar o caminho para a vida em liberdade. ‘E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa e aceitável e perfeita vontade de Deus’ (Romanos 12.2)”, finalizou.

Fonte: Arcauniversal

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