quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um sacrifício que vale a pena


Distância da família, perseguição, temperatura abaixo de zero e costumes diferentes não impedem a Obra de Deus de avançar na Rússia


Por Cinthia Meibach / Fotos: Cedidas
redacao@arcauniversal.com

Normalmente, para qualquer pessoa que tem uma certa estabilidade em seu trabalho e família, fazer coisas simples como se programar para comer, dormir, passear, conviver com os entes queridos e amigos é algo mais do que comum.  Entretanto, para bispos e pastores da Universal e suas esposas, pessoas que optaram por servir a Deus e se entregar pelos sofridos, sem medir esforços e nem olhar para as adversidades, tais atitudes, muitas vezes, são deixadas de lado, em nome do amor pelas almas.
A exemplo do patriarca Abraão, jovens têm largado casa, família e projetos pessoais para ir atrás de um chamado feito particularmente pelo próprio Deus a cada um deles.
Há 11 anos pregando a Palavra de Deus na Rússia, o pastor Eder Figueiredo, de 30 anos, foi chamado para o altar aos 17. Tal decisão fez com que ele tivesse que renunciar e enfrentar muitas coisas para realizar o sonho de servir a Deus: “O primeiro impacto foi a temperatura, pois saímos do Rio de Janeiro com 35 graus e desembarcamos em Moscou com menos 23. Sem contar a mudança radical de costumes, como roupas e comidas, que são bem diferentes do que encontramos no Brasil”, detalha.
Mas essas foram apenas algumas das dificuldades enfrentadas, uma das mais difíceis ainda estava por vir: a comunicação.  “Mal conseguíamos entender as pessoas. Era duro, pois tivemos que aprender a língua na marra. Ou aprendíamos a língua ou o povo continuaria sofrendo. E querer ver vidas transformadas era o que nos incentivava e incentiva até hoje a nos dedicar aos estudos e a nos adaptar, seja no lugar que for.”
A ação da Universal no país começou em 1997, e hoje conta com quatro templos e quatro trabalhos especiais. Porém, as barreiras para o estabelecimento e crescimento da Obra de Deus ainda é grande, necessitando de muita oração, atitude e perseverança dos missionários que lá vivem.
O desejo de mostrar o poder do Deus vivo
“Na cabeça de muitos aqui, a única igreja é a ortodoxa, e as outras igrejas são consideradas seitas. O povo também ainda sofre por ter na memória ensinamentos do regime comunista, que reinou aqui por 80 anos. Muitos são ateus, e muitos dos que creem em Deus praticam uma fé emotiva.”
A perseguição religiosa vista constantemente em países da África e da Ásia também se reflete na Rússia, como explica o pastor: “Nas evangelizações, já chamaram várias vezes a polícia para proibir-nos de falar de Jesus. Policiais invadiram a igreja para revistar e ver se encontravam alguma irregularidade”.
Apesar de tantos desafios, a fé e o desejo de mostrar o poder do Deus vivo aos que sofrem têm prevalecido na vida de cada pastor. Tanto que a Obra no país avança, trazendo a luz divina e o calor da fé aos corações frios. 

“A Universal na Rússia tem avançado, e o trabalho é feito como em todo o mundo. Temos reuniões diárias, várias vezes por dia, atividades com os jovens, visitamos hospitais e fazemos evangelizações nas ruas, até mesmo com temperaturas muito baixas. Tudo isso porque nada pode parar o trabalho da Igreja, pois é essa certeza que nos leva a ficar longe do nosso país de origem, de familiares e, principalmente, a paixão pelas almas. Não olhamos para nenhuma dificuldade”, destaca.
Aqueles que têm uma vida projetada para as realizações pessoais podem até conquistar seus objetivos ao longo dos anos, seja o sucesso financeiro, profissional ou familiar, porém, nenhuma conquista poderá se comparar à recompensa de livrar almas do inferno e trazê-las para o Reino de Deus.
“Quando somos revoltados, nos entregamos 100% nessa Obra. Colocamos toda a nossa força naquilo que fazemos e, quando vemos a mudança na vida das pessoas, famílias salvas, vidas reconstruídas, essa é a nossa maior alegria e recompensa.”

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