Há 12 anos em Israel, Universal leva a Palavra de Deus e apoio social aos sofridos do país
Templo da Universal em Tel Aviv
Em uma rápida pesquisa sobre Israel na internet, notícias de constantes conflitos envolvendo o país são encontradas com facilidade: “Grupo salafista assume disparo de dois foguetes contra Israel”; “Israel abre fogo contra Síria”; “Israel fecha acesso a Gaza após ser atingido por foguetes”; “Israel se prepara para ataque químico sírio”; “Aiatolá ameaça 'aniquilar' Tel Aviv e Haifa”.
Para quem está do outro lado do mundo e toma conhecimento de fatos como esses, dependendo do nível de interesse pelo lugar e pelas pessoas que lá estão, até se sensibiliza com os conflitos, mas, geralmente, logo se entretém com outras informações que dizem respeito ao próprio dia a dia.
Já para o pastor espanhol Antonio de Francisco Cantúa, de 45 anos (foto acima), o primeiro impacto com essa realidade, totalmente diferente da vivida por ele na Espanha, fez com que compreendesse a necessidade da pregação do Evangelho para o povo de Israel. “Passamos por situações como, por exemplo, quando, no mês de setembro de 2012, membros da organização terrorista Hamas lançaram mísseis sobre Israel, chegando a atingir civis. As pessoas estavam vivendo normalmente, quando de repente, soaram as sirenes anunciando a chegada de um novo míssil. Todos ficaram aterrorizados, buscando um refúgio antibomba para se proteger. Foram semanas em que percebíamos uma grande tensão entre a população.”
Mas, ouvindo isso, pergunto ao pastor: “O que lhe fez sair do seu país para enfrentar momentos de terror como esses?” A resposta é a mesma que todos os voluntários da Universal têm na ponta da língua: “A sede insaciável de ganhar almas para o Reino de Deus. Essa sede que se forma dentro da pessoa batizada no Espírito Santo aumenta quando ela escuta o chamado de Deus e se dá conta de que sua vida não tem mais nenhum sentido se não for para servi-Lo.”
Desde a época do patriarca Abraão, o país tem em sua história êxitos e exílios. Já foi dominado pelo Império Romano, Otomano e esteve sob o domínio britânico, até ser beneficiado pela resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), quando, em 1948, tornou-se uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas.
Uma grande miscigenação religiosa e cultural faz com que pessoas de diversas religiões convivam no mesmo lugar. Entretanto, o judaísmo e o islamismo são as crenças predominante na região. “Dificilmente, alguém dessas duas religiões aceita o cristianismo, pelo contrário, muitos são radicais e rechaçam abertamente o nome de Jesus. Mas há também israelenses que não têm nenhuma religião, como também árabes com tradições católicas e mais de 1 milhão de imigrantes de vários países que são alcançados facilmente pelo Poder da Palavra de Deus”, esclarece o pastor.
Com inteligência
Uma das obreiras evangelizando nas ruas
Apesar de o Estado de Israel, que abriga quase 7 millhões de pessoas, ser considerado um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio, muitos chegam aos templos da Universal – um em Haifa e outro em Tel Aviv – com problemas de depressão, insônia, crises familiares, dificuldades financeiras e com vícios. Para alcançar esses sofridos, o pastor Antonio explica que é preciso ter um prévio entendimento das tradições e formas de pensamentos dessas pessoas, para que a Obra do Espírito Santo aconteça mais rapidamente. “Além de termos que aprender o idioma hebraico, temos que saber que não podemos falar das coisas de Deus com um árabe do mesmo jeito que falamos com um judeu. Temos que nos dirigir a eles de maneiras diferentes.”
Obreiros e pastores da Universal de Israel
Quando elas chegam, além do apoio espiritual do pastor Antônio, sua esposa, mais dois pastores e seis obreiros, que são multitarefa, também encontram apoio social, por meio de ações em diversas áreas. “Realizamos um trabalho em três hospitais, visitando enfermos e organizando eventos para entretê-los. Também damos assistência a um refúgio de mulheres maltratadas, vítimas de abusos, que recebem motivação por meio de palavras e contam com serviços de beleza para recuperar a autoestima.”
As voluntárias se fantasiam para levar alegria aos idosos que sofreram traumas
Os sobreviventes do Holocausto não foram esquecidos pela Universal de Israel, que atua no país há 12 anos. Os hoje anciões, que viveram momentos terríveis nos campos de concentração, são visitados constantemente, e quando fazem aniversário, comemoram com festa feita pelos voluntários da Igreja. “Sempre levamos a eles uma mensagem de perdão e superação, pois sabemos que foram marcados por grandes traumas. Muitos viram familiares morrerem nas câmaras de gás ou executados friamente.”
Obreiro Gustavo e sua equipe de futebol
Um dos obreiros, Gustavo Boccoli, que é jogador de futebol profissional, começou um novo projeto, chamado “A escolinha de futebol”, que consiste em tirar os adolescentes das ruas, alertando-os sobre os riscos da criminalidade e das drogas. Para a surpresa do pastor, a iniciativa tem conseguido ir além das expectativas: “Conseguimos integrar jovens judeus e palestinos, algo muito difícil nesse país”, comenta, referindo-se à disputa por terras sagradas que envolve os dois povos.
Refugiados recebendo sopa preparadas pelos voluntários
A mão amiga chega também aos refugiados de guerra, pessoas que não podem trabalhar, que vivem em tendas nos campos de refugiados, sem condições básicas de higiene e sem alimentação adequada. Elas recebem dos valentes da Universal alimentos e orações. “Atendemos e oramos por aqueles que aceitam nossa ajuda. A maioria deles é formada por muçulmanos, que nos rejeitam, mas, mesmo assim, continuamos insistindo nesse trabalho”, revela o pastor.
Até uma réplica do Templo de Salomão foi feita para arrecadar fundos
E quem pensa que só porque esses voluntários vivem na Terra Santa eles não se interessam em ver o Templo de Salomão construído no Brasil se engana, e muito. O mesmo espírito de união que existe aqui, habita no meio deles também. Recentemente, um bazar estiloso foi organizado pela equipe da Universal, com direito a doces, salgados e muito capricho em cada detalhe do evento para receber os compradores.
Pastor Antonio e sua esposa já se acostumaram com a presença de tanques de guerra no país
Ameaça de guerra, rejeição por parte de judeus e árabes, diferenças culturais, escassez de mão de obra, nada desses fatores influenciam negativamente os pastores, obreiros e fiéis que lá estão. Pelo contrário, tais situações só fazem com que o propósito de levar a Salvação eterna se fortaleça ainda mais. “Na Universal, temos aprendido a usar a fé inteligente, sem nos deixar dominar pelas emoções. E servir a Deus é saber que estaremos dispostos a ouvir a voz dEle, dizendo sempre ‘Eis me aqui, Senhor!’ Não podemos permitir que nenhuma preocupação, seja ela qual for, nos impeça de ganhar almas para Jesus. Nossa satisfação é ver as pessoas felizes ao encontrá-Lo”, afirma.
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Conquista
Felicidade que a árabe israelense Margarita Saigh encontrou no Cenáculo de Israel, há 3 meses. Havia muito tempo sofrendo de depressão e sem dormir à noite, ela conta que aprendeu a exercitar a fé após os ensinamentos recebidos na Universal. “Depois de 1 mês frequentando e fazendo as correntes fiquei livre da depressão e passei a dormir bem. Por isso, quando ouvi falar que haveria o batismo nas águas, decidi ter uma nova vida e tomei o passo mais importante: me batizei. Agora sei que muitas outras conquistas virão”, comemora.
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