terça-feira, 20 de março de 2012

Mulher V - Ela é batalhadora

Durante esta semana, publicaremos trechos do livro "Mulher V", de Cristiane Cardoso, para que sirvam para reflexão

Por Cristiane Cardoso (*)
redacao@arcauniversal.com


"Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos."

                                                              Provérbios 31:13

Uma das coisas mais feias que uma mulher pode ter é a preguiça, e ela sabe disso. A preguiça nos faz sentir mal em relação a nós mesmas e, geralmente, descontamos isso nas pessoas ao nosso redor. As coisas não funcionam do jeito que deveriam, o tempo passa rápido demais, tarefas ficam por fazer e, de repente, estamos gritando com os nossos filhos, sendo rudes com uma atendente e revirando os olhos quando o chefe vira as costas. E não são apenas as pessoas à nossa volta que enfurecemos – enfurecemos a nós mesmas, pois lá no fundo sabemos que é tudo culpa nossa. Poderíamos ter feito mais, mas decidimos ser preguiçosas.

Ninguém respeita uma pessoa preguiçosa, ninguém escuta o que ela tem a dizer. As pessoas fazem pouco caso dela – isso é um fato. Elas simplesmente não são boas o suficiente para assumir cargos importantes.

A preguiça não está associada apenas ao trabalho, mas a tudo à nossa volta: a maneira como cuidamos de nós mesmas, da nossa aparência e da nossa saúde; a hora em que nos levantamos pela manhã e começamos o nosso dia; a arrumação do nosso quarto ou da nossa casa; como nos comportamos na escola ou no trabalho, etc. Basicamente, tudo em nós revela se somos trabalhadoras ou preguiçosas.

Geralmente, as pessoas atribuem a preguiça à falta de tempo. Dizem que não têm tempo suficiente para cuidar de tudo, mas se você acompanhá-las durante um dia inteiro, vai descobrir onde o tempo delas tem realmente sido gasto... Elas levam muito tempo para realizar suas tarefas, não se esforçam para terminar o que começam e, na maioria das vezes, são vagarosas e se distraem facilmente. As 24 horas do dia nunca são suficientes para uma pessoa que é preguiçosa.

Há aquelas que culpam os outros por sua preguiça. Elas dependem muito das pessoas para fazer as coisas. A barreira do idioma é um exemplo clássico disso. Muitas pessoas se aventuram a viver num país estrangeiro sem aprender a língua daquele país – e, por um tempo, até conseguem. Mas sempre chega uma hora em que se sentem completamente inadequadas, onde têm de aprender a falar aquele idioma e não conseguem. Em vez de fazerem alguma coisa a respeito, acabam por depender dos outros... São preguiçosas demais para aprender uma língua nova.

A Mulher V é trabalhadora. Ela não trabalha duro apenas com as mãos, mas com a cabeça também. Ela está sempre aprendendo coisas novas, sempre investindo um pouco mais em suas habilidades. E ela não precisa que ninguém lhe mande fazer isso. Ela trabalha duro porque quer. Para ela, não é um fardo aprender uma nova língua, aprender a cozinhar ou aprender um novo trabalho.

Muitas mulheres consideram um fardo a lista mais básica de coisas a fazer. A casa precisa ser limpa, mas ela está muito cansada para limpá-la, então ela liga a TV e diz a si mesma que vai começar a limpeza mais tarde. É claro que qualquer programa que estiver no ar vai distraí-la até que seja tarde demais para fazer tudo o que precisa ser feito. Há uma pilha de roupa suja, mas ela diz a si mesma que vai lavar um pouco de cada vez, assim não precisará passar uma tarde inteira lavando e passando roupa. Mas nós sabemos quanto tempo leva para passar uma blusa de manhã quando estamos atrasadas! Suas roupas estão cada vez mais apertadas, mas ela não quer começar uma dieta, não quer se exercitar; fica esperando ter disposição para perder peso até a hora em que estiver tão acima do peso que a luta para emagrecer será simplesmente difícil demais!

No momento em que algo se torna um fardo para nós, sabemos que não vamos dar o nosso melhor na sua execução... Nós empurramos com a barriga. E então começamos a culpar os outros pela nossa preguiça. “Ninguém me ajuda com os afazeres da casa!” ou “Eu tenho uma vida também, sabia? Eu não posso passar o dia cuidando de roupa suja!” ou “Eu não sei por que estou engordando!”...

Nós sabemos quando estamos trabalhando de verdade e quando não estamos.

Quando trabalhamos de bom grado, mesmo que seja um trabalho árduo, mostramos que somos dignas de confiança, de um trabalho melhor, de um salário melhor, de cuidar de mais pessoas e de ter responsabilidades maiores. Caso contrário, mostramos que não somos capazes de lidar com mais do que aquilo que temos agora – e talvez nem isso!

A preguiça é um sentimento, e se você tem o hábito de viver pelo que sente, você tem um problema. Talvez até queira conquistar algo, mas não sente vontade de trabalhar duro para que isso aconteça, e se o seu coração é quem dita as normas, você vai acabar se rendendo à preguiça.

Se você dá ouvidos ao seu coração, toma decisões baseada no que sente. Os seus sentimentos existem hoje e amanhã podem não existir mais, mas as consequências vêm para ficar. Quantas não são as pessoas que hoje estão doentes só porque não sentiram vontade de adotar hábitos alimentares saudáveis durante a maior parte de suas vidas? Quantas mulheres não perdem o casamento só porque não cuidaram dele quando ele mais precisava?

É muito fácil cruzar os braços e criticar a Mulher V. Ela é boa demais para ser verdade. Mas pense um pouco: será que todas nós não podemos ser mulheres trabalhadoras? O que está nos impedindo? Deus não espera que façamos o que não podemos, mas sim o que podemos. E se não fizermos pelo menos o que está ao nosso alcance, a quem poderemos culpar?


(*) Trecho do capítulo ”Ela é batalhadora", do livro “A mulher V – moderna, à moda antiga”, de Cristiane Cardoso


Fonte: arcauniversal

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