Aprenda a pular os muros da vida e não deixe que ninguém apague o fogo de vencedor que há em você
(*) Por bispo Renato Cardoso
redacao@arcauniversal.com
Aos 19 anos, o jovem Alfredo olhou para o muro de mais de 4 metros de altura, com arame farpado por cima, e pensou: “Ali, por trás daquele muro, está a minha oportunidade. Eu tenho que dar um jeito de pulá-lo.” O muro era a proteção da fronteira que separava a cidade de Mexicali, no México, e os Estados Unidos.
Alfredo nasceu em Mexicali e começou a trabalhar desde os 5 anos de idade no pequeno posto de gasolina onde o pai era dono. Um dia, Alfredo viu uma cena que nunca mais esqueceu: encontrou o pai chorando em casa. O pequeno negócio do posto de gasolina, que mal dava para manter a família, havia aberto falência. O conselho de seu pai: “Se você quiser acabar como eu, não vá à escola.” Alfredo entendeu o recado. Dedicou-se aos estudos como nunca. Mas em Mexicali, mesmo conseguindo um emprego de professor, aos 18 anos, o salário que ganhava não dava para nada.
Foi quando o jovem mexicano decidiu que tinha que pular aquele muro, de alguma forma. E assim o fez. Do outro lado do muro, como imigrante ilegal, tudo o que Alfredo conseguiu foi um emprego de colhedor nas vastas fazendas de tomate da Califórnia. Suas mãos feridas no final do dia recebiam alguns dólares que lhe permitiam comer e alugar um trailer velho para dormir. Mas, não se esquecendo das palavras do pai, o imigrante economizava tudo o que podia para pagar a escola que estudava à noite.
Como Alfredo não falava nem escrevia bem o inglês, se dedicou à matemática e à ciência, pois não requeriam muita escrita como as outras matérias. Intrigados com a dedicação do jovem, os amigos tiravam sarro dele dizendo: “Cara, estudar para quê? Você nunca vai ser nada mais que um imigrante ilegal. Por isso, guarde o seu dinheiro.”
Aquilo fez nascer um fogo dentro de Alfredo. Como relata:“Às vezes, eu chorava sozinho e perguntava a mim mesmo: 'o que estou fazendo aqui?' Mas as vozes daqueles que me diziam que era impossível, que eu nunca ia ser ninguém, me faziam mais e mais determinado, como se um fogo queimasse no meu peito. Eu decidi ser o melhor em tudo o que fazia, e trabalhar mais duro que todos ao meu redor.”
Em 1988, por se dedicar aos estudos, Alfredo ganhou uma bolsa na Universidade Berkeley, da Califórnia, e de lá foi à Escola de Medicina de Harvard, uma das universidades mais conceituadas do mundo.
Hoje, em 2011, aos 42 anos, Alfredo — ou melhor, o doutor Alfredo Quiñones Hinojosa — é um dos neurocirurgiões mais respeitados do mundo. Trabalha no Hospital John Hopkins, em Baltimore, estado de Maryland nos Estados Unidos, onde, além de cuidar dos pacientes, lidera uma equipe que estuda e busca a cura para o câncer no cérebro.
Casado, realizado na profissão, feliz, hoje, cidadão americano e muito próspero, o doutor Alfredo diz que aquele fogo que nasceu dentro dele, quando lhe disseram que ele nunca ia ser nada, ainda queima: “Eu não tenho medo do fracasso. Acho que o medo é bom, pois lhe faz trabalhar como nunca para evitar o que lhe assusta. Se eu não conseguir a cura para o câncer, não importa. Mas eu creio que se eu dou o melhor de mim para o que faço, o que faço dará o melhor resultado de volta para mim”, afirma.
Casado, realizado na profissão, feliz, hoje, cidadão americano e muito próspero, o doutor Alfredo diz que aquele fogo que nasceu dentro dele, quando lhe disseram que ele nunca ia ser nada, ainda queima: “Eu não tenho medo do fracasso. Acho que o medo é bom, pois lhe faz trabalhar como nunca para evitar o que lhe assusta. Se eu não conseguir a cura para o câncer, não importa. Mas eu creio que se eu dou o melhor de mim para o que faço, o que faço dará o melhor resultado de volta para mim”, afirma.
Por isso, para ser um vencedor, você tem que aprender a pular os muros da vida e não deixar que ninguém apague o fogo de vencedor que há em você.
(*) Texto retirado do blog do bispo Renato Cardoso
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