sábado, 26 de março de 2011

Banda Nesher toca para internos

Composto por obreiros da Igreja Universal, o grupo atrai jovens e anima a todos com canções de fé

Por Cinthia Meibach
redacao@arcauniversal.com

A música tem um papel marcante na vida das pessoas. Ela está presente em comemorações, festas, passeios, viagens e cerimônias religiosas. Alguns fazem uso dela para memorização de informações, outros para espantar a solidão ou combater o estresse. Os estilos são muitos e para todos os gostos: pop, rock, sertanejo, funk, alternativa, forró, religiosa, samba, rap, clássica, entre outros.

De acordo com um estudo realizado em 2006 pela professora Beatriz Ilari, do Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a música exerce um papel importante nas relações interpessoais. “Se todas as sociedades do mundo têm mantido formas de fazer música e atribuem sentidos próprios a estas, deve haver alguma razão para tal fenômeno. Não é difícil percebermos que a música está por todos os lados, e faz parte da vida de diversos povos, religiões e formas de lazer”, explica a autora.

Banda de obreiros
Com o objetivo de usar a música como um instrumento de evangelização, obreiros da Igreja Universal do Reino de Deus do bairro de Vila Ema, zona leste de São Paulo, fundaram, em dezembro de 2008, a Banda Nesher. O grupo é formado por cinco integrantes: Rodrigo Mori nos teclados e vocal, Aline Megg e Patricia Mori no vocal, Alexandre Hiuga na bateria e Reginaldo Perez na guitarra. O nome Nesher, que significa águia em hebraico, foi escolhido exatamente para mostrar que o grupo tem a visão ampla e precisa, semelhante à da ave, para atingir com suas canções o maior número possível de pessoas, trazendo-as para a presença de Deus.

Com o ritmo agitado formado pelo som da guitarra e batidas da bateria, a banda pretende lançar um álbum assim que conseguir o patrocínio de alguma gravadora. Enquanto isso não acontece, eles colaboram com o grupo de evangelização da Fundação Casa de São Paulo (antiga Febem), onde todos os meses participam de visitas para os internos. “As visitas são feitas uma vez por mês e é gratificante, porque aproveitamos a oportunidade para ouvir o que os jovens têm a dizer e também damos conselhos. O melhor salário que podemos receber é quando tocamos e vemos jovens cantando junto conosco e interagindo”, diz Reginaldo.

Para ele, se dedicar a esse trabalho é a forma que encontrou de agradecer a Deus pela transformação de sua vida. Aos 18 anos, Reginaldo se tornou viciado em maconha e álcool. Ele fazia parte de uma banda de rock chamada Bankok e estava com contrato assinado, até que decidiu se livrar dos vícios e largar o grupo. “O meio em que vivia só me fazia aprofundar mais e mais nas drogas, então, percebi que se quisesse parar com a dependência, deveria me afastar daquele meio”, relembra. Há 13 anos na IURD, Reginaldo se libertou dos vícios, casou e investe em seu talento musical para ajudar aqueles que se encontram na mesma situação que um dia esteve. “As músicas que tocamos têm um ritmo alegre e mensagens de fé, pois queremos atrair jovens e mostrar que com Jesus é possível ter alegria completa, livre dos vícios e da criminalidade”, comenta.

Luis Renato da Silva, de 26 anos, se tornou admirador da banda desde o primeiro dia que chegou à IURD. Ele conta que estava à procura de uma solução para a tristeza e vazio que sentia em seu coração quando decidiu entrar na Igreja. Lá ele viu o grupo ensaiando e se interessou pelas músicas que eram tocadas. Desse dia em diante, por meio das mensagens cantadas, se livrou das mágoas que o angustiavam e encontrou a paz que tanto procurava. “As canções trazem palavras que proporcionam uma reflexão e, ao mesmo tempo, um refrigério para minha alma. Elas mostram que Deus está comigo em todos os momentos, me guiando e dando-me forças pra vencer”, relata.

FONTE : ARCA UNIVERSAL http://www.arcauniversal.com/

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