Passeata alerta sobre a Aids

Em Johanesburgo, mais de 800 mil preservativos foram distribuídos

O continente africano enfrenta problemas financeiros, sociais e culturais, mas o mais grave de todos é o grande número de pessoas infectadas pelo vírus HIV.  A contaminação que se iniciou nos anos 80 expandiu-se rapidamente, e em 1990 já era possível contabilizar mais de 10 milhões de infectados.

Porém, os números não pararam de crescer e, atualmente, 42 milhões de pessoas estão contaminadas em todo o continente, o que corresponde a uma mortandade de 22 milhões de vidas.

Por esse motivo, a Igreja Universal do Reino de Deus da África do Sul, em Johanesburgo, promoveu, no início do mês de dezembro, o dia contra o HIV com o tema: “Você que é HIV positivo, você não está morto”.  Milhares de pessoas de todas as partes da província caminharam do Templo da fé, localizado no bairro de Newtown, pelas ruas da cidade alertando sobre a doença.

Além da passeata, os voluntários distribuíram 800 mil preservativos em toda a região. O evento também contou com a participação dos membros do Coral Universal, que alegraram os presentes com apresentações de danças e músicas.

Para o responsável dos Serviços de Saúde da cidade, Tshepo Pilane, o HIV não é uma sentença de morte. “As pessoas devem aprender a cuidar de si próprias, em vez de culpar os outros pelos erros. Na África do Sul, são 5,8 milhões de pessoas vivendo com o HIV”, disse Pilane.

Criselda Kananda é portadora do vírus. Ela conta que quando foi diagnosticada com a doença estava grávida de sete meses. “Fiquei arrasada e como sempre culpamos alguém. Mas, como filha de Deus, eu vou procurar ajuda Nele”, relata.

O responsável evangelístico do país, bispo Marcelo Pires também esteve presente no evento e alem das orações que realizou por todos, fez questão de alertar sobre os perigos da doença. “A prevenção é a melhor coisa, mas o ideal é que todos sejam fiéis uns aos outros”, ressaltou.