Brasil de Edir Macedo

 Catedral de Soweto, na África do Sul

Repórter se surpreende ao ser perguntado se era do país do líder da IURD

Não seria surpresa um turista chegar à África do Sul e ser questionado pelos ídolos do futebol brasileiro. Kaká, Ronaldo, Robinho, são algumas das estrelas mais comentadas nos últimos tempos, principalmente devido à Copa do Mundo.

No entanto, o jornalista Fabio de Mello Castanho, do Portal Terra, ao abastecer o carro, surpreendeu-se com um frentista de Johannesburgo, que lhe perguntou de onde ele era. Ao ouvir que o repórter era do Brasil, logo o africano concluiu: “Ah, você é do Brasil. Do Brasil de Edir Macedo”, afirmou o rapaz, para a emblemática surpresa de quem jamais poderia imaginar que até na África o fundador da Igreja Universal tem sua forte presença marcada.

Siphiwo Khohciso (24) é apenas um dos milhares de membros que frequentam a “Universal Church of the Kingdom of God”, na África do Sul.

O primeiro dos 320 templos da IURD foi fundado no ano de 1992 no continente africano, sendo apenas o primeiro passo de uma longa caminhada por entre as entranhas da África. A província de Gauteng e a cidade de Soweto são apenas algumas das várias localidades na África do Sul, onde a igreja finca seus pés.

Quênia, Moçambique, e Namíbia também já podem sentir a presença dos desbravadores missionários da Universal. A multifacetada religião na África agora é ainda mais dividida com a presença da IURD de Edir Macedo, que com sua Teologia da Prosperidade e o forte trabalho evangelístico, retira das ruas, drogas e marginalidade, crianças, jovens e adultos. Também ensina a ler, escrever e dá apoio moral e esperança a adolescentes vítimas da violência étnica, como os abusos sexuais frequentes, que ocorrem principalmente em Nairóbi, no Quênia. 

Khohciso, o frentista do início da reportagem, é uma testemunha viva desse trabalho. Ao falar seu depoimento ao repórter do Terra, disse que morava nas ruas, e sua vida se reduzia a comer lixo. Segundo ele, procurou a Igreja por conta própria. Lá teve sua vida mudada: saiu das ruas, parou de viver no lixo e hoje é um trabalhador que tem dignidade para viver e alegria para reconhecer a transformação significativa pela qual passou.

“Estava na rua, não tinha emprego e vivia de comer restos. Quando temos um problema que não temos como resolver, só Deus pode nos salvar”, resumiu Khohciso. Em outra parte de sua fala, ele admite ao repórter: “Eles (a IURD) me mostraram um novo caminho e hoje tenho um trabalho. Só Deus é capaz disso.”

Após a conversa, os dois se despedem seguindo cada um seu rumo. O frentista, alegremente volta ao posto; o repórter, talvez refletindo, segue viagem. Já o “Brasil de Edir Macedo” se não ganhar o hexa, pelo menos, já conquistou o coração e a fé dos africanos.

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