Estudo afirma que educação com foco na abstinência sexual funciona

Um estudo divulgado recentemente nos EUA constatou que a orientação a abstinência sexual para adolescentes pode ser mais eficaz na prevenção da gravidez precoce do que o estimulo ao uso do preservativo.
Segundo o jornal Washington Post, as conclusões podem instigar o governo norte-americano a promover mudanças em suas políticas voltadas para evitar a gravidez na adolescência e a propagação de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
A pesquisa dividiu em dois grupos alunos dos períodos equivalentes a 6º e 7º série aqui no Brasil: um deles tratava de assuntos de educação sexual explicitamente (sexo seguro e contracepção), enquanto outro abordava a educação para a abstinência sexual.
Após dois anos, ao entrevistar esses mesmos adolescentes, constatou-se que entre os que receberam educação sexual tradicional, quase metade estava tendo relações sexuais. Já entre aqueles que receberam educação para a abstinência sexual, apenas 1/3 estavam tendo tais relações.
Ainda de acordo com a pesquisa, em nenhum momento a educação sobre abstinência sexual foi feita abordando temas religiosos. A orientação limitava-se a tratar dos perigos do sexo precoce, entre eles, a gravidez indesejada e as DSTs.