Quem vive na Romênia encontra força para lutar e vencer os problemas físicos e espirituais
A Romênia, país do leste europeu, famoso por seus castelos, cenários medievais e paisagens naturais belíssimas, tem todos esses atrativos encobertos quando uma análise mais profunda da região é feita no campo social, político e econômico.
Isso porque, de acordo com relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado em abril deste ano, uma em cada quatro crianças vive no país abaixo da linha da pobreza. É a taxa mais alta da União Europeia.
O número de tráfico de pessoas com fins de exploração sexual também é grande, acompanhado do crescimento do preconceito contra ciganos, que totalizam mais de 500 mil habitantes.
De acordo com o pastor Luciano Almeida, responsável pelo trabalho evangelístico da Universal (instituição presente no país desde 1998) esses problemas são apenas alguns dos muitos enfrentados pelos romenos. Ele aponta que não são poucos os casos de adolescentes que se tornam mães solteiras, jovens viciados em drogas e que enfrentam crises dentro do lar.
“Por esse motivo, temos realizado um trabalho intenso com os jovens, voltados para a cultura, lazer, esporte e educação, pois sabemos que, na sua grande maioria, muitos são tristes e vazios”, esclarece o pastor.
O romeno Nicusor Mitroi, de 20 anos é fruto dessa dedicação da Universal aos jovens. Viciado em cigarro, bebida e prostituição, ele conta que sentia uma alegria momentânea, que surgia apenas na companhia dos amigos, pois na maior parte do tempo, o que predominava em seu ser era uma tristeza profunda; sentimento que o levou até a tentar o suicídio.
“Depois que eu comecei a frequentar o Força Jovem, conheci amigos verdadeiros, que foram uma boa influência para mim. Hoje, posso dizer que sou um jovem transformado e verdadeiramente feliz”, testemunha Mitroi (foto).
Ações em favor dos menos favorecidos também são promovidas pelos voluntários da Igreja, por meio do grupo “Coração de Ouro”, que visitam asilos, orfanatos, localidades carentes e distribuem alimentos e roupas, junto com palavras de vida e esperança.
“Procuramos promover a restauração dos lares, pois aqui o índice de divórcio e problemas como a poligamia cresce muito. Também tomamos conhecimento de casos de agressões às mulheres. Assim, o trabalho incessante com essas duas classes tem feito com que muitos romenos se voltem para o Deus vivo”, destaca o pastor.
Perseguição e intolerância religiosa
Além do apoio no campo social, o objetivo principal da Universal na Romênia é de gerar uma fé mais consciente, racional, que leve as pessoas ao verdadeiro encontro com Deus. Entretanto, tal objetivo não tem sido alcançado com facilidade, mas diante de muita luta e perseguição.
“As pessoas estavam acostumadas a serem direcionadas pela religião nativa. Tradições que levam a total cegueira e dependência espiritual. Logo que o trabalho começou a desenvolver e milagres começaram a acontecer, muitos destes religiosos se levantaram contra nós e incitaram a mídia local para tentar denegrir a imagem da igreja.”
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Isso gerou, por parte de muitos romenos, uma intolerância religiosa a ponto dos membros da Universal serem xingados e ameaçados quando saíam para evangelizar. O pastor ressalta uma ocasião em que estava evangelizando e um membro foi dar um jornal para um homem que passava e, sem nenhum motivo, este tirou uma faca do bolso para tentar agredi-lo. “Graças a Deus nada aconteceu, pois o rapaz fugiu a tempo.”
Mesmo enfrentando situações como essa, a fé dos que estão lá para pregar o Evangelho não esmorece em momento algum, ao contrário. Atualmente, a Universal conta com cinco templos espalhados pelo país, sendo que no mês de junho foi inaugurado o mais novo na cidade de Cluj-Napoca (foto abaixo), distante 476 quilômetros de Bucareste, capital da Romênia.
Dificuldades vencidas
“Quando chegamos, o povo nos recebeu bem e nos ajudou com o idioma. Passávamos horas estudando para poder dar seguimento ao trabalho no país. Quando aprendemos, as portas começaram a se abrir. Havia muito para ser feito. Nessa batalha, o objetivo se torna maior do que as dificuldades. Com sangue, suor e lágrimas temos avançado a cada dia com o intuito de ganharmos almas para o Reino de Deus”, afirma o pastor.
Os frutos são tantos, que até um pastor romeno já foi levantado no país. Alin Gatej e sua esposa, Loana Gatej, de 25 anos. Ela conta que, quando se depararam com a fé de resultados, não pensaram duas vezes e optaram por se entregar no Altar de Deus pelas almas sofridas.
“Antes de vir à Universal, eu era orgulhosa, rancorosa e tinha raiva de tudo e de todos. Era idólatra e seguia muitas tradições religiosas, pois aprendi com meus pais a idolatrar os santos de papel e de madeira. Ouvia vozes e passos dentro de casa, tinha medo de dormir e cheguei a ficar depressiva. Depois que conheci o Deus vivo, fui liberta e toda a minha vida mudou. Agora, sou uma nova mulher e junto com meu marido fazemos a Obra de Deus aqui”, conta Loana (foto acima).
Dedicar-se ao próximo em um país de clima, cultura e costumes diferentes não é tarefa fácil. É uma incumbência para quem teve realmente um encontro com Deus, pois a força para permanecer, só tem aqueles que conhecem o Autor da fé. “O primeiro passo para quem vai para outro país, desbravar o Reino de Deus, é esquecer o que passou e olhar para frente, sacrificando toda a sua vida no Altar por amor às almas”, aconselha o pastor.
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